segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Reposição hormonal: um alívio na menopausa

Michelle Assis
A menopausa deve ser entendida não como a porta de entrada para a velhice, mas como o início de uma nova vida repleta de novos interesses e perspectivas. A média de idade para início da menopausa ocorre entre 50 e 52 anos. O comprometimento vascular, decorrente de cirurgias dos ovários, a dieta vegetariana, grandes altitudes e magreza são citados como fatores que abreviariam a idade para a menopausa, assim como a número de filhos e a idade de menopausa da mãe.
Segundo o ginecologista André Fernandes, fisiologicamente, a redução progressiva do estrogênio, que acontece na menopausa, pode, em alguns propiciar sintomas desagradáveis e, algumas vezes, sérias doenças. De fato, o desenvolvimento de algumas doenças crônicas e degenerativas se relaciona à deficiência de estrogênio. Entre elas, está a osteoporose, as doenças cardiovasculares, a demência e as atrofias do tecido genital, resultando em vaginite, incontinência urinária e dor na relação sexual. Os sintomas mais freqüentes da deficiência estrogênica são as ondas de calor, palpitações, cefaléias e vertigens. Sintomas psicológicos também podem ocorrer com Para reduzir os esses efeitos da falta de estrogênio e de progesterona, há cerca de 20 anos, começaram a ser desenvolvidas diferentes terapias de reposição hormonal, baseadas na prescrição de hormônios sintéticos que substituem a progesterona e o estrogênio.
De acordo André Fernandes, aumenta o número de mulheres aptas ao uso dos hormônios, pois os remédios apresentam cada vez menos efeitos colaterais. Mas é preciso fazer exames para saber o tipo de hormônio a ser utilizado e por qual via será melhor administrado: se por via oral, por adesivos grudados na pele ou até por spray nasal. “Quando a reposição não é feita, diversos problemas podem ocorrer, como ressecamento vaginal, ondas de calor, pele mais fina, enrugada e com manchas escuras. Com o tempo, a distribuição de gorduras se modifica, com predomínio principalmente na barriga. Ocorre ainda atrofia da uretra, incontinência urinária e infecções urinárias de repetição. A longo prazo aumenta a possibilidade de ter osteoporose, mal de Alzheimer e doença cardiovascular”, alerta o ginecologista.

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